María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição na Venezuela, foi detida após participar de um protesto na capital, Caracas, realizado na véspera da posse do presidente Nicolás Maduro para seu terceiro mandato consecutivo.
De acordo com informações divulgadas pela oposição, María Corina foi abordada de forma violenta por agentes do regime enquanto deixava o local da manifestação. Durante a detenção, ela teria sido forçada a gravar vídeos antes de ser liberada.
A aparição pública de María Corina durante o protesto marcou o fim de mais de quatro meses de clandestinidade, período em que ela buscou se proteger de ameaças de prisão. A manifestação foi organizada em meio a alegações de fraude eleitoral, com a oposição reivindicando a vitória do ex-diplomata Edmundo González Urrutia nas eleições de junho de 2024.
O episódio ocorre em um contexto de alta tensão política na Venezuela. A oposição, apoiada por parte da comunidade internacional, contesta a legitimidade do governo de Maduro, que enfrenta acusações de repressão e autoritarismo.
Edmundo González, considerado presidente eleito pela oposição, condenou a detenção de María Corina e exigiu sua libertação imediata. “Alerto as forças de segurança: não brinquem com fogo”, declarou González, reiterando seu apelo por justiça e respeito aos direitos humanos no país.
A situação aumenta a pressão internacional sobre o governo Maduro, que permanece isolado em meio a protestos internos e críticas externas.