Governo israelense classifica ação como ‘preventiva’ para impedir que o país persa obtenha armas nucleares. Irã afirma que sua defesa antiaérea interceptou a maioria dos mísseis e que responderá ao ataque.
Israel realizou uma operação militar contra o Irã na madrugada desta sexta-feira, 13 de junho, com ataques aéreos direcionados a instalações ligadas ao programa nuclear iraniano. A ação militar foi confirmada pelo governo de Israel e também por autoridades iranianas.

Explosões e a ativação de sistemas de defesa antiaérea foram registradas nas proximidades de importantes centros nucleares do Irã, como a instalação de pesquisa em Isfahan e a usina de enriquecimento de urânio em Natanz. Sirenes de alerta também foram acionadas na capital, Teerã.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel emitiu um comunicado justificando a ofensiva como um “ataque preventivo”, necessário para conter o que descreveu como uma “ameaça existencial”. Em pronunciamento, o premiê israelense afirmou que a ação foi tomada porque o Irã estaria próximo de atingir a capacidade de produzir armas nucleares. “Se não agirmos agora, não haverá outra geração para agir depois”, declarou.

O governo do Irã, através de sua agência de notícias estatal, confirmou os ataques, mas reportou que seus sistemas de defesa foram eficazes em interceptar “a maioria dos alvos hostis”, minimizando o impacto dos danos. O Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou o ataque e afirmou que o país exercerá seu direito de autodefesa com uma “retaliação severa no momento apropriado”.
Posição dos EUA e reações Internacionais
A Casa Branca informou que o governo dos EUA foi notificado por Israel sobre a operação antes que ela ocorresse, mas esclareceu que não houve participação de forças americanas na ação. Em uma breve declaração, o presidente Donald Trump disse que “Israel tem o direito de se defender”, mas pediu “moderação” a todas as partes envolvidas.

A ação militar gerou reações da comunidade internacional. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, assim como líderes da União Europeia, China e Rússia, fizeram apelos pelo fim imediato das hostilidades e pela busca de canais diplomáticos para evitar uma deterioração maior da segurança na região. A situação no Oriente Médio segue sendo acompanhada de perto, e os próximos movimentos de Israel e Irã são aguardados pela diplomacia global.
