Violência contra idosos: um problema silencioso que cresce no Brasil -

Violência contra idosos: um problema silencioso que cresce no Brasil

Os idosos estão cada vez mais vulneráveis à violência no país, segundo o Atlas da Violência 2024, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2022, foram registrados 15 mil casos de violência contra pessoas com 60 anos ou mais, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. A maioria dessas agressões acontece dentro de casa, muitas vezes cometidas por familiares ou cuidadores.

De acordo com o estudo, a negligência é a forma mais comum de violência, representando 40% dos casos. Em seguida, aparecem a violência física, com 30%, e a psicológica, com 25%. As mulheres idosas são as principais vítimas, correspondendo a 60% dos registros. Além disso, 20% dos casos ocorrem em instituições de longa permanência, como asilos, onde a falta de fiscalização agrava o problema.

A região Sudeste concentra o maior número de casos, com São Paulo e Rio de Janeiro à frente. No entanto, o Nordeste também registra taxas preocupantes, especialmente em áreas rurais, onde o acesso a serviços de proteção é limitado. “Muitos idosos sofrem em silêncio, sem saber a quem recorrer”, explica um dos autores do estudo.

Para combater essa realidade, o relatório sugere a criação de mais canais de denúncia, o fortalecimento de políticas de cuidado e a capacitação de profissionais que lidam com idosos. Também destaca a importância de campanhas educativas para conscientizar a sociedade sobre o respeito e a proteção aos mais velhos.

O Atlas da Violência 2024 deixa claro que a violência contra idosos é um desafio que precisa de atenção urgente, tanto do poder público quanto da sociedade.

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