Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, reiterou nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, sua defesa pela pena de morte para traficantes de drogas durante uma reunião com governadores na Casa Branca. Ele argumentou que a medida seria uma forma eficaz de combater o tráfico e reduzir os índices de crimes relacionados a narcóticos no país, citando exemplos de nações que, segundo ele, controlaram o problema com punições severas.

Em um discurso inflamado, Trump afirmou que países com leis duras contra traficantes “não têm problemas com drogas” e sugeriu que os Estados Unidos deveriam adotar uma postura semelhante para enfrentar crises como a dos opioides, que matou mais de 100 mil pessoas em 2023. Ele não especificou quais nações serviriam de referência, mas a retórica ecoa falas anteriores em que elogiou sistemas rígidos como o de Singapura e da China.
A proposta faz parte de uma plataforma de segurança pública que Trump vem enfatizando desde o início de seu segundo mandato, em janeiro de 2025. Ele já havia abordado o tema em comícios e na Conservative Political Action Conference (CPAC), realizada no mesmo fim de semana, onde pediu penas mais duras contra o crime organizado.
Nos Estados Unidos, a pena de morte para traficantes sem envolvimento direto em homicídios enfrenta barreiras legais significativas, já que a Suprema Corte historicamente restringe sua aplicação a crimes de extrema gravidade. Mesmo assim, Trump insistiu que a mudança legislativa seria um “divisor de águas” e prometeu pressionar o Congresso por reformas que ampliem as punições, reacendendo um debate polarizado sobre justiça e direitos humanos no país.