PGR pede prisão domiciliar para mulher que pichou estátua no 8/1 -

PGR pede prisão domiciliar para mulher que pichou estátua no 8/1

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, nesta sexta-feira, 28 de março de 2025, a conversão da prisão preventiva de Débora Rodrigues dos Santos, de 38 anos, para o regime domiciliar. A cabeleireira, presa desde março de 2023, é acusada de pichar a frase “Perdeu, mané” com batom na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante os atos de 8 de janeiro em Brasília. O pedido foi encaminhado ao STF, onde o julgamento da denúncia contra ela está suspenso desde o início do mês, aguardando a análise da Primeira Turma.

PGR pede prisão domiciliar para mulher que pichou estátua no 8/1

Débora foi detida na oitava fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, e atualmente cumpre pena no presídio de Tremembé, em São Paulo, após ser transferida de Paulínia, onde residia. A PGR, sob o comando de Paulo Gonet, justificou a solicitação apontando que a suspensão do julgamento abre espaço para a reavaliação do regime prisional. Ela enfrenta acusações de associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado, crimes que podem levar a penas superiores a 12 anos. Em 2024, a denúncia foi formalizada após um ano de investigações, mas o processo ainda não tem data para conclusão.

A estátua, obra de Alfredo Ceschiatti, foi alvo de atos de vandalismo durante a invasão das sedes dos Três Poderes, e a frase escrita por Débora remete a uma fala do ministro Luís Roberto Barroso em 2022. A defesa da acusada, que tem dois filhos menores, já havia pedido liberdade provisória, negada anteriormente. Agora, com o aval da PGR, a expectativa é que o STF decida em breve sobre a mudança, o que permitiria a Débora cumprir a prisão em casa, em Paulínia, enquanto o caso segue em andamento.

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