Lula substitui Nísia Trindade por Alexandre Padilha no comando da Saúde -

Lula substitui Nísia Trindade por Alexandre Padilha no comando da Saúde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira, 25 de fevereiro, após uma reunião no Palácio do Planalto. Para o lugar dela, foi nomeado Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais, em uma troca que marca o início de uma reforma ministerial no governo. A posse de Padilha está marcada para o dia 6 de março, após o Carnaval.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Assinatura de Parcerias para Fortalecimento da Produção e Inovação de Vacinas e Biofármacos. Palácio do Planalto, Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Nísia Trindade, que assumiu a pasta em janeiro de 2023, foi a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde. Ex-presidente da Fiocruz, ela trouxe um perfil técnico ao cargo, mas enfrentou críticas internas e externas ao longo de sua gestão, especialmente por dificuldades na articulação política e na entrega de resultados mais visíveis, como o programa Mais Acesso a Especialistas. A saída foi comunicada em uma nota oficial do Planalto, na qual Lula agradeceu seu trabalho e dedicação.

Padilha, médico infectologista e ex-ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff entre 2011 e 2014, retorna à pasta com a missão de dar um tom mais político à gestão. Durante sua passagem anterior, ele foi responsável pela criação do programa Mais Médicos, uma das marcas daquele período. Agora, deixa a Secretaria de Relações Institucionais, abrindo espaço para especulações sobre quem assumirá a articulação com o Congresso, um ponto sensível para a governabilidade de Lula.

A mudança ocorre em meio a pressões do Centrão por maior controle sobre o Ministério da Saúde, que concentra um dos maiores orçamentos da Esplanada e gerencia vultosas emendas parlamentares. Mais cedo, Nísia participou ao lado de Lula de um evento sobre a produção de vacinas contra a dengue pelo Instituto Butantan, em um clima que já indicava sua despedida, com aplausos da equipe e um discurso de balanço de sua gestão. A transição reflete a busca do governo por ajustes que combinem eficiência técnica com maior alinhamento político.

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