Irã lança mísseis balísticos em segunda onda de retaliação, com alguns atingindo o território israelense. Israel responde com novos bombardeios a bases da Guarda Revolucionária. Comunidade internacional teme guerra regional.

O confronto militar direto entre Israel e Irã entrou em seu terceiro dia neste sábado, 14 de junho, com novas e intensas trocas de ataques que resultaram em mortos e feridos em ambos os países. A escalada, iniciada com um ataque preventivo israelense na sexta-feira, agora se aprofunda em um ciclo de retaliações que eleva a instabilidade no Oriente Médio a um nível crítico.
Na madrugada de sábado, o Irã lançou uma segunda onda de ataques contra Israel, desta vez empregando não apenas drones, mas também mísseis balísticos. As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que seus sistemas de defesa aérea, em conjunto com aliados como os Estados Unidos, interceptaram a maioria dos mísseis. No entanto, alguns projéteis conseguiram furar o bloqueio e atingiram áreas no sul do país, incluindo a região do deserto de Negev, deixando pelo menos 15 pessoas feridas, segundo os serviços de emergência israelenses.
Israel Responde com Novos Bombardeios
Em retaliação ao ataque com mísseis, a Força Aérea de Israel conduziu, ao longo do dia de sábado, uma nova série de bombardeios em território iraniano. Diferentemente dos alvos iniciais, que se concentraram em instalações do programa nuclear, desta vez os ataques foram direcionados a bases militares e centros de comando da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), alguns localizados nos arredores da capital, Teerã.

A mídia estatal do Irã confirmou os novos ataques israelenses e reportou que eles causaram mortes e deixaram vários feridos, incluindo militares e civis. O governo iraniano declarou que “o regime sionista pagará um preço ainda mais alto por suas novas agressões”.
Comunidade Internacional Pressiona por Contenção
A continuidade do conflito direto tem gerado forte reação da comunidade internacional. O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para discutir a crise. O presidente dos EUA, Donald Trump, cujo governo auxiliou na defesa de Israel, fez um novo apelo. “Apoiamos o direito de Israel de se defender, mas esta espiral de violência precisa parar agora, antes que saia totalmente de controle”, disse um porta-voz da Casa Branca.
Líderes da União Europeia, China e Rússia também emitiram comunicados pedindo um cessar-fogo imediato e o retorno aos canais diplomáticos. O receio é que o conflito direto entre Israel e Irã possa se espalhar, envolvendo outros atores regionais como o Hezbollah no Líbano e desestabilizando toda a região.