Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelera em relação a abril. No acumulado em 12 meses, inflação chega a 4,05%, mantendo-se dentro da meta do governo.
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma alta de 0,26% em maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira, 10 de junho. O resultado mostra uma leve desaceleração no ritmo de aumento dos preços em comparação com o mês de abril, quando o índice havia sido de 0,33%.
Com o dado de maio, a inflação acumulada em 2025 chega a 2,54%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA está em 4,05%. Este valor está abaixo dos 4,14% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e se mantém dentro do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (variando de 1,5% a 4,5%).
Planos de Saúde e Alimentos pressionam o Índice
Segundo o IBGE, o principal responsável pela alta em maio foi o grupo Saúde e cuidados pessoais, que teve um aumento de 0,77% e o maior impacto individual no índice geral. O resultado do grupo foi fortemente influenciado pelo reajuste anual dos planos de saúde, que subiram 1,02%.
O grupo Alimentação e bebidas também registrou uma alta significativa de 0,49%, continuando a pesar no orçamento das famílias. O grande vilão dentro do grupo foi, mais uma vez, a batata-inglesa, com uma alta de 23,87%. Outros itens como a cebola (12,94%) e o melão (12,11%) também subiram de preço. Por outro lado, houve queda nos preços do mamão (-15,01%) e do tomate (-5,45%).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete registraram alta em maio. A maior variação veio de Comunicação (1,23%), impulsionada pela alta nos planos de telefonia móvel. O único grupo a registrar deflação (queda de preços) foi o de Artigos de residência, com uma variação de -0,48%.
Expectativas e Cenário Econômico
O resultado do IPCA de maio veio ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,29% para o mês. A desaceleração, ainda que tímida, pode ser um fator a ser considerado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em sua próxima reunião para decidir sobre a taxa básica de juros, a Selic.
