Ativista climática estava na “Flotilha da Liberdade”, interceptada no domingo pela marinha israelense. Ela foi detida com outros participantes e embarcou em voo de volta para a Suécia nesta terça-feira.

A ativista climática sueca Greta Thunberg foi deportada de Israel nesta terça-feira, 10 de junho, após ser detida com dezenas de outros participantes de uma flotilha internacional que tentou romper o bloqueio naval à Faixa de Gaza no último domingo (8). A presença da jovem, uma das vozes mais conhecidas do ativismo global, trouxe um holofote inédito para a missão.
Thunberg estava a bordo de uma das embarcações da “Flotilha da Liberdade”, que transportava ajuda humanitária e ativistas de diversas nacionalidades com o objetivo de chegar diretamente à costa de Gaza. No domingo, a marinha israelense interceptou a flotilha em águas internacionais, alegando que a ação era necessária para manter o bloqueio de segurança que impede a entrada de armas no território palestino.
Após a abordagem, os barcos foram escoltados até o porto israelense de Ashdod. Lá, Greta e os demais ativistas foram entregues às autoridades de imigração para iniciar o processo de deportação, um procedimento padrão de Israel em casos de tentativa de violação de suas fronteiras marítimas.

O Ministério do Interior de Israel confirmou a deportação da ativista. Em nota, o órgão afirmou que “a lei israelense é igual para todos” e que Thunberg “recebeu o mesmo tratamento que qualquer outro cidadão estrangeiro que viola a lei israelense ao tentar entrar em Gaza ilegalmente por mar”.
A participação de Greta Thunberg na flotilha foi mantida em relativo sigilo pelos organizadores até os momentos que antecederam a partida, justamente para maximizar o impacto midiático. A sua presença uniu, no debate público, as pautas da justiça climática e dos direitos humanos na Palestina, gerando ampla cobertura da imprensa internacional e reações de governos e organizações em todo o mundo.
Ainda não houve um pronunciamento oficial da própria ativista ou de sua equipe após a confirmação da deportação. Espera-se que ela se manifeste ao chegar de volta à Europa.
