Um fragmento significativo de aproximadamente 19 quilômetros de comprimento e 6 quilômetros de largura na sua parte mais ampla se desprendeu do maior iceberg do mundo, o A23a, na Antártida. Este evento, observado pela primeira vez, foi capturado por imagens de satélite e confirmado por cientistas, destacando a dinâmica das massas de gelo no continente gelado.
O A23a, que tem cerca de 80 km de comprimento e uma área de 3.360 km², foi inicialmente separado da plataforma de gelo da Antártida em 1986 e permaneceu relativamente intacto por décadas até começar a se mover recentemente. A nova fissura no iceberg, que já deslocou-se lentamente em direção à ilha britânica da Geórgia do Sul, foi detectada por um satélite europeu e reportada à AFP por cientistas, incluindo a glacióloga Soledad Tiranti, que estava a bordo do quebra-gelo argentino ARA Almirante Irízar.
A fragmentação deste iceberg gigante pode ter implicações tanto para a fauna marinha, facilitando a manobra entre blocos menores de gelo, quanto para o estudo do impacto das mudanças climáticas sobre as massas de gelo do planeta. Embora especialistas indiquem a dificuldade de prever o desmantelamento total do A23a, este evento é um lembrete da complexidade e da fragilidade do ecossistema antártico.
