Após mais de 24 horas de pausa, Teerã retoma ataques diretos com mísseis balísticos. Defesas aéreas de Israel e dos EUA estão em alerta máximo para interceptar a nova ofensiva, e população é orientada a ir para abrigos.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram, no final da noite deste domingo, 15 de junho, que o Irã lançou uma nova e significativa rodada de mísseis em direção ao território israelense, re-escalando dramaticamente o confronto direto entre os dois países. O ataque quebra um período de relativa calma que durou pouco mais de 24 horas e frustra os esforços diplomáticos internacionais que buscavam uma desescalada.
De acordo com o porta-voz das IDF, contra-almirante Daniel Hagari, os sistemas de detecção antecipada identificaram o lançamento de “múltiplos mísseis balísticos” a partir do território iraniano. “Nossos sistemas de defesa aérea estão totalmente ativados e rastreando as ameaças em coordenação com nossos parceiros estratégicos. Pedimos que a população siga as instruções do Comando da Frente Interna”, declarou Hagari em um pronunciamento de emergência.
Imediatamente após o anúncio, sirenes de ataque aéreo começaram a soar em diversas partes de Israel, incluindo as principais cidades do país, como Jerusalém e Tel Aviv. O Comando da Frente Interna emitiu um alerta nacional, instruindo os cidadãos a se dirigirem e permanecerem em abrigos antiaéreos ou em áreas seguras até novo aviso. O espaço aéreo do país foi novamente fechado para voos civis.
A mídia estatal do Irã, citando fontes da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), confirmou o novo lançamento. Segundo o comunicado iraniano, esta é a “segunda fase” da operação de retaliação pelo ataque israelense a suas instalações nucleares na última sexta-feira, e que desta vez os alvos seriam “estratégicos e sensíveis”.
Os Estados Unidos, que auxiliaram na interceptação da primeira onda de ataques iranianos, colocaram suas forças na região em alerta máximo e estão, segundo fontes do Pentágono, “ativamente engajados” no apoio à defesa de Israel.
Este novo ataque com mísseis balísticos, que são mais rápidos e mais difíceis de interceptar do que os drones usados na primeira onda, representa a fase mais perigosa do conflito até agora. A eficácia dos sistemas de defesa de Israel e de seus aliados nas próximas horas será crucial para determinar a extensão dos danos e a direção que o confronto tomará a partir de agora.
