Escala 6x1 é "cruel": Ministro do Trabalho diz que economia está madura para redução da jornada de trabalho máxima -

Escala 6×1 é “cruel”: Ministro do Trabalho diz que economia está madura para redução da jornada de trabalho máxima

Luiz Marinho defende transição para escala 5×2 em audiência na Câmara

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, que a escala de trabalho 6×1, em que o trabalhador atua seis dias seguidos com apenas um de descanso, é “cruel” e que a economia brasileira está madura para reduzir a jornada máxima de trabalho. A declaração foi feita durante audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, em Brasília, conforme noticiado pelo portal Metrópoles. Marinho sugeriu uma transição para a escala 5×2, com cinco dias de trabalho e dois de folga, como um avanço, especialmente para setores como o comércio, onde a 6×1 é comum.

Marinho destacou que a redução da jornada, atualmente fixada em 44 horas semanais pela Constituição, é viável sem prejudicar a sustentabilidade econômica. “Acredito que a jornada máxima pode ser reduzida. Transitar do 6×1 para o 5×2 seria um belo avanço”, disse. Ele também defendeu que negociações coletivas entre sindicatos e empregadores sejam usadas para ajustar escalas, respeitando as necessidades de setores que operam 24 horas por dia, como saúde e transporte. O ministro ponderou, no entanto, que a proposta de uma jornada de 36 horas semanais, com quatro dias de trabalho, ainda não é adequada, sugerindo uma redução inicial para 40 horas.

A fala de Marinho alinha-se ao debate impulsionado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), protocolada em 25 de fevereiro de 2025 com 234 assinaturas. A PEC propõe reduzir a jornada para 36 horas, com quatro dias de trabalho, e já está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, em pronunciamento no Dia do Trabalhador, aprofundar o tema, enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) apontou a redução como uma “tendência mundial”.

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