Com uma possível denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o jantar planejado entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi adiado indefinidamente.
A reunião, que tinha como objetivo discutir a relação entre os poderes e o fortalecimento das instituições democráticas, estava prevista para acontecer na próxima semana, mas a situação política atual levou à decisão de não marcar uma data.

A movimentação da PGR para formalizar uma denúncia contra Bolsonaro por atos durante seu mandato e após sua saída da presidência trouxe um clima de tensão política, o que pode ter influenciado na decisão de adiar o evento. Fontes próximas ao governo indicam que o adiamento visa evitar qualquer percepção de que o encontro poderia ser interpretado como uma tentativa de influenciar o curso das investigações ou decisões judiciais.
O jantar, que tradicionalmente é uma ocasião para diálogo informal entre o Executivo e o Judiciário, poderia ser visto sob uma luz diferente em meio às discussões sobre a independência dos poderes. A notícia do possível adiamento foi recebida com diferentes reações, com alguns analistas políticos vendo a decisão como prudente, enquanto outros especulam sobre a pressão política que pode estar envolvida.
Até o momento, não há previsão de quando o encontro será remarcado, mas fontes do Palácio do Planalto afirmam que a intenção é manter o diálogo aberto com o STF.