A Casa Civil da Presidência da República divulgou uma nota oficial negando que o governo esteja estudando um aumento no valor do Bolsa Família. A declaração veio em resposta a uma entrevista do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que havia sugerido a possibilidade de um reajuste no benefício.
A Casa Civil afirmou que “não existe estudo no governo sobre aumento do valor do benefício do Bolsa Família. Esse tema não está na pauta do governo e não será discutido”, esclarecendo que a declaração de Dias não reflete a posição oficial do governo federal. A nota foi divulgada após uma série de especulações desencadeadas pela entrevista do ministro à Deutsche Welle, onde ele mencionou que o aumento poderia estar “na mesa” para enfrentar a alta nos preços dos alimentos.
A reação da Casa Civil foi rápida e firme, sinalizando uma tentativa de conter qualquer expectativa ou desinformação sobre mudanças no programa social. A negativa oficial causou surpresa, especialmente porque o ministro havia falado em um relatório a ser apresentado ao presidente até março, sugerindo uma revisão do valor do benefício devido ao aumento no custo de vida.
Os posts nas redes sociais refletiram a confusão e o descontentamento de parte da população. Muitos usuários do X (antigo Twitter) expressaram frustração, com comentários como “O governo precisa se decidir” e “Mais um jogo de empurra”. Outros criticaram a falta de coordenação entre os ministros e a Casa Civil, questionando a eficácia da comunicação do governo.
A situação é agravada pelo contexto econômico atual, onde a inflação, especialmente nos preços dos alimentos, tem sido um ponto de preocupação. Pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram que o grupo Alimentação e Bebidas foi responsável por uma parcela significativa da alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último ano.
A negação do estudo sobre o aumento do Bolsa Família levanta questões sobre as prioridades do governo em relação ao combate à pobreza e à desigualdade, especialmente em um momento onde a necessidade de ajustes devido à inflação é amplamente discutida. A população beneficiária do programa e os defensores de políticas sociais ficarão atentos às próximas ações do governo, esperando por respostas claras sobre o futuro do Bolsa Família e de outras iniciativas sociais.