No jogo entre Vasco e Fluminense realizado no estádio Mané Garrincha, em Brasília, na noite de quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentou uma recepção hostil. Acompanhado de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, ambos assistiram ao clássico da 8ª rodada do Campeonato Carioca do camarote, mas não escaparam das reações do público.
Ao serem identificados pela torcida, gritos de “uh, vai ser preso” ecoaram pelas arquibancadas, acompanhados de vaias significativas, enquanto outros torcedores respondiam com gritos de “mito”, em apoio ao ex-presidente. A polarização política brasileira, evidente nos últimos anos, encontrou eco no ambiente esportivo, transformando o estádio em um palco de manifestações políticas.
Os vídeos que circularam nas redes sociais mostram Bolsonaro e Flávio deixando o local após a onda de vaias e gritos. O ex-presidente, que é investigado por sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, tem sido alvo de uma série de investigações da Polícia Federal, com expectativas de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente denúncias formais até o final de fevereiro de 2025.
A presença de Bolsonaro no jogo não foi uma surpresa, dado seu histórico de aparições em eventos esportivos. No entanto, a reação da torcida do Vasco, um clube conhecido por sua história de combate ao fascismo e defesa das minorias, ressaltou a divisão de opiniões sobre sua figura. Enquanto alguns torcedores aplaudiram e acenaram, a maioria optou por expressar seu descontentamento.
Os comentários sobre o episódio se espalharam rapidamente pelas redes sociais, com figuras públicas e cidadãos comuns engajando-se no debate. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, por exemplo, ironizou a situação nas redes, enquanto o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) descreveu a reação da torcida como “emocionante”.
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