Ministro do STF permite entrevistas e discursos, mas alerta para riscos de descumprimento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira, 24 de julho de 2025, rejeitar a conversão das medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro em prisão preventiva, optando por uma advertência formal. A decisão, anunciada em despacho, reflete a avaliação de que o ex-presidente cometeu uma irregularidade isolada ao descumprir as restrições, mas não justifica, por ora, uma detenção. Moraes destacou que Bolsonaro pode conceder entrevistas e realizar discursos públicos ou privados, desde que respeite os limites estabelecidos.

O caso ganhou contornos após a constatação de que redes sociais de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, foram usadas em seu favor, configurando um desrespeito às medidas cautelares impostas. Apesar disso, o ministro adotou uma postura mais branda, considerando o episódio como pontual. “Inexiste qualquer proibição de concessão de entrevistas ou discursos públicos ou privados”, afirmou Moraes, deixando claro, porém, que qualquer novo descumprimento resultará em prisão imediata.
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A decisão ocorre em meio a investigações relacionadas a supostas tentativas de obstrução de justiça e ataques à soberania nacional, temas que têm mantido Bolsonaro sob monitoramento judicial. A advertência serve como um alerta, reforçando a necessidade de cumprimento rigoroso das obrigações impostas. Até o momento, não foram divulgados detalhes adicionais sobre os próximos passos do processo, mas a postura de Moraes indica um equilíbrio entre punição e respeito aos direitos do investigado.
