Cresce a violência contra crianças e adolescentes no Brasil, aponta relatório -

Cresce a violência contra crianças e adolescentes no Brasil, aponta relatório

Um levantamento divulgado neste ano pelo Atlas da Violência 2024, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que a violência contra crianças e adolescentes aumentou no Brasil. O estudo, que reúne dados oficiais do Ministério da Saúde, destaca um cenário preocupante para a proteção dos jovens no país.

Em 2022, o Brasil teve 5 mil assassinatos de crianças e adolescentes, um número 10% maior do que o registrado no ano anterior. A maioria desses casos, cerca de 70%, envolveu o uso de armas de fogo. Além disso, o relatório aponta 50 mil registros de violência sexual, sendo que, na maior parte das vezes, os agressores eram pessoas conhecidas das vítimas, como familiares ou amigos próximos. Outro dado que chama atenção é o de negligência: foram 100 mil casos, o que mostra falhas no cuidado com essa faixa etária.

O aumento da violência não é algo novo. Nos últimos dez anos, os assassinatos de crianças e adolescentes cresceram, principalmente nas cidades, onde o índice subiu 20%. Já nas áreas rurais, houve uma pequena redução de 5%. Quando se fala em violência sexual, o problema é ainda mais grave entre adolescentes de 15 a 17 anos, com o número de casos dobrando desde 2012.

Os dados também revelam diferenças entre as regiões do país. O Norte lidera com as maiores taxas de assassinatos, registrando 30 casos para cada 100 mil jovens. No Sul, esse número é bem menor, com 10 casos para cada 100 mil. Estados como Amazonas e Bahia estão entre os mais violentos, enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm índices mais baixos.

Samira Bueno, uma das coordenadoras do estudo, comenta: “Os números mostram como a situação está difícil para nossas crianças e adolescentes”. Já Maria Silva, que atua na defesa dos direitos dos jovens, reforça: “Precisamos de mais ações para proteger quem está em risco”.

O relatório sugere que o governo invista em serviços de proteção, melhore as leis e apoie iniciativas locais para ajudar famílias em situação vulnerável. A ideia é prevenir esses crimes e conscientizar a população sobre o problema.

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