Pesquisas apontam crescimento dos não afiliados e declínio do catolicismo
Os católicos, atualmente o segundo maior grupo religioso dos Estados Unidos, com 19% da população adulta, devem ser superados pelos religiosamente não afiliados, ou “nones”, até 2050, segundo projeções do Pew Research Center. Em 2023, 26% dos americanos se identificavam como não afiliados, incluindo ateus, agnósticos e aqueles que se declaram “sem religião específica”, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2010, quando representavam 16%. A previsão indica que esse grupo alcançará 26% da população total, incluindo crianças, até meados do século, enquanto os cristãos, que incluem católicos e protestantes, cairão de 78% para 66%.

O declínio do catolicismo é mais acentuado entre brancos não hispânicos, cuja adesão caiu de 22% em 2007 para 19% em 2014, enquanto os católicos hispânicos, que representam 34% dos católicos americanos, também mostram perdas, com apenas 40% dos latinos de terceira geração permanecendo católicos. A evasão é impulsionada por fatores como escândalos de abusos sexuais, citados por 45% dos ex-católicos como motivo para deixar a religião, e a rejeição de ensinamentos sobre questões como direitos LGBTQ, segundo o Public Religion Research Institute (PRRI). Em contraste, os não afiliados crescem especialmente entre jovens de 18 a 29 anos, com 36% se identificando como “nones” em 2023.
Apesar da queda, a eleição do papa Leão XIV, primeiro americano no cargo, pode influenciar o catolicismo local. Em Feira de Santana, comunidades católicas locais, como a Paróquia de São José Operário, planejam eventos para acompanhar o novo pontificado, mas líderes reconhecem o desafio de reter fiéis diante da secularização. O PRRI destaca que, enquanto os católicos perdem membros, os não afiliados não buscam novas religiões, com apenas 9% procurando uma fé alternativa.