Feira de Santana, um dos maiores municípios do interior da Bahia, enfrenta um desafio crítico na zona rural: a escassez de transporte público. As comunidades rurais, especialmente nos distritos mais afastados, têm sofrido com a falta de ônibus e vans que liguem essas áreas à sede do município, impactando negativamente o acesso a serviços essenciais como saúde, educação e comércio.
Historicamente, o transporte alternativo, composto por vans e micro-ônibus, foi a solução para muitas dessas localidades. No entanto, recentemente, problemas como a insuficiência de veículos, a falta de manutenção adequada e a retirada de linhas de ônibus têm agravado a situação. Em 2022, a prefeitura de Feira de Santana anunciou que uma nova empresa assumiria 11 linhas de ônibus para atender a zona rural, mas a implementação não foi suficiente para atender à demanda crescente.
Parlamentares locais, como os vereadores Gean Caverna (Podemos) e Luiz da Feira (PP), têm discutido a questão, apontando a necessidade de um olhar mais atencioso do poder público para a mobilidade na área rural. Gean Caverna menciona que “a maioria dos distritos sofre com a falta de um transporte de qualidade”, enquanto Luiz da Feira lembra que recursos destinados à agricultura não foram usados para melhorar o transporte, apesar da verba aprovada.
Os moradores têm manifestado seu descontentamento através de protestos, como o ocorrido em janeiro de 2025, quando residentes de pelo menos cinco distritos bloquearam o terminal central de ônibus da cidade. Este ato foi uma resposta direta à ausência de transporte aos finais de semana e feriados, deixando muitos sem opção para se deslocar até a zona urbana para trabalho, educação ou consultas médicas.
