O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira, 4 de fevereiro de 2025, um decreto que oficializa a retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU). A decisão reflete uma política de “América Primeiro“, argumentando-se que o órgão demonstra um preconceito consistente contra Israel e permite que países com registros duvidosos em direitos humanos se protejam.
A medida foi anunciada durante uma cerimônia no Salão Oval da Casa Branca, onde Trump também anunciou a suspensão do financiamento americano para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). O presidente justificou sua decisão citando um suposto viés anti-Israel do Conselho, alegando que a organização falha em cumprir seu mandato e é ineficaz na proteção dos direitos humanos globalmente.
Este não é o primeiro ato de Trump contra organismos internacionais; durante seu primeiro mandato, ele já havia retirado os EUA do Conselho de Direitos Humanos, uma decisão que foi revertida por seu sucessor, Joe Biden, em janeiro de 2021. Agora, com um novo mandato, Trump reafirma sua posição crítica em relação às instituições multilaterais, especialmente aquelas que ele acredita não atenderem aos interesses americanos ou que sejam tendenciosas na política internacional.
A retirada foi criticada por várias organizações de direitos humanos, que veem a decisão como um retrocesso para a promoção e proteção dos direitos humanos no mundo. As críticas concentram-se na perda de influência direta dos EUA em questões globais de direitos humanos e no potencial de reduzir o financiamento para programas essenciais de ajuda humanitária.
