A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) de Feira de Santana realizou uma reunião com vendedores de coco da cidade para discutir propostas de manejo e descarte adequado dos resíduos gerados pela venda do fruto. O encontro, que aconteceu na última quarta-feira (22), tinha como objetivo principal tratar dos impactos ambientais causados pelo descarte incorreto das cascas de coco, um problema significativo nas áreas urbanas, especialmente onde há grande consumo do coco verde.
Durante a reunião, foram apresentadas várias iniciativas para diminuir o volume de cascas de coco que terminam em aterros sanitários ou lixões, aumentando o passivo ambiental da cidade. Uma das propostas envolve a criação de pontos de coleta específicos para as cascas, onde elas poderiam ser retiradas por empresas especializadas em reciclagem ou compostagem. A Sesp também mencionou a possibilidade de parcerias com cooperativas de catadores para aproveitar economicamente esse material.
Outra sugestão foi a implementação de um programa de educação ambiental que ensinaria os vendedores sobre as técnicas de compostagem e outras formas de reutilização das cascas de coco, como na produção de substitutos para o xaxim em jardinagem, substratos agrícolas, ou até mesmo na fabricação de briquetes para geração de energia. Este programa incluiria workshops e materiais educativos para conscientizar tanto os vendedores quanto a população em geral sobre a importância do descarte correto.
Os vendedores de coco, por sua vez, mostraram-se receptivos às propostas, mas ressaltaram a necessidade de apoio financeiro e logístico para que essas iniciativas se tornem viáveis. Eles mencionaram que muitas vezes, o custo de se livrar adequadamente dos resíduos é um fator limitante, especialmente para os pequenos comerciantes.
A Sesp comprometeu-se a buscar soluções para esses desafios, incluindo a possibilidade de subsídios ou incentivos fiscais para aqueles que adotarem práticas sustentáveis de descarte. Além disso, a secretaria prometeu acompanhar de perto a aplicação dessas medidas, garantindo que haja uma fiscalização adequada para que o descarte de coco não continue a ser um problema ambiental na cidade.
A reunião terminou com um consenso entre as partes de que a mudança de comportamento em relação ao descarte de coco deve ser gradual e colaborativa, envolvendo tanto o poder público quanto os comerciantes e a sociedade civil, em um esforço conjunto para uma Feira de Santana mais sustentável.
