K. J. Alphons, ex-ministro do Turismo da Índia, confirmou que tinha passagem para o voo da SpiceJet que caiu em Kozhikode, mas cancelou a viagem. Aeronave transportava mais de 240 pessoas.
Um novo desdobramento na tragédia aérea ocorrida em Kozhikode, na Índia, causou apreensão no cenário político do país nesta quinta-feira, 12 de junho. O nome de K. J. Alphons, que atuou como Ministro de Estado para o Turismo no governo indiano, constava na lista oficial de passageiros do voo da SpiceJet que se acidentou durante o pouso, matando dezenas de pessoas. O próprio ex-ministro, no entanto, veio a público esclarecer que não estava a bordo da aeronave.
A informação foi inicialmente divulgada por veículos de imprensa locais do estado de Kerala, que tiveram acesso ao manifesto de passageiros do voo que partiu de Dubai. A presença do nome de uma figura política conhecida na lista gerou uma onda de preocupação.
Contudo, em contato com a imprensa indiana, K. J. Alphons confirmou que, embora tivesse uma passagem para o voo, ele cancelou sua viagem no último momento devido a uma reunião de urgência em outra cidade. “Foi um milagre. Por uma questão de minutos e uma mudança de planos, eu não estava naquele avião. Estou devastado pela tragédia e minhas orações estão com as vítimas e suas famílias neste momento de dor terrível”, declarou o ex-ministro.
Atualização do Acidente
O acidente envolveu um Boeing 737 da companhia de baixo custo SpiceJet, que transportava mais de 240 pessoas, incluindo tripulantes e passageiros que estavam sendo repatriados dos Emirados Árabes Unidos. Ao tentar pousar sob forte chuva de monção no Aeroporto Internacional de Kozhikode, que possui uma pista do tipo “tabletop” (topo de mesa), a aeronave derrapou, ultrapassou o limite da pista, caiu em um declive e se partiu em duas.
As autoridades locais continuam atualizando o número de vítimas, que já passa de duas dezenas de mortos, incluindo os pilotos, e mais de uma centena de feridos, muitos em estado grave. As equipes de resgate já recuperaram as caixas-pretas do avião, que serão fundamentais para a investigação sobre as causas do desastre, conduzida pela Diretoria-Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA).
