A queda na aprovação do presidente Lula, atingindo seu pior índice desde o início do mandato, está repercutindo no cenário político e nas negociações com o centrão. De acordo com a última pesquisa, a aprovação do governo caiu para 35%, enquanto a rejeição alcançou 55%. Esse cenário desfavorável tem levado o centrão a aumentar suas exigências em troca de apoio político.
Líderes do centrão, bloco formado por diversos partidos que não possuem uma linha ideológica fixa, veem na queda de popularidade de Lula uma oportunidade de barganhar cargos e recursos para suas bases. Aumenta a pressão sobre o governo para atender às demandas do centrão, que inclui ministérios, estatais e fundos federais. Analistas políticos apontam que essa estratégia do centrão visa garantir maior influência no governo e consolidar seu poder nas eleições municipais do próximo ano.
O presidente Lula, por sua vez, tem intensificado reuniões com aliados e lideranças do centrão para tentar reverter o quadro e recuperar apoio. A base governista está ciente de que, sem o apoio do centrão, a governabilidade pode ser comprometida, especialmente em votações importantes no Congresso Nacional.