Valor médio do litro da gasolina A nas refinarias da estatal passará a ser de R$ 2,85, uma queda de 5,6%. Medida reflete nova política de preços e cenário internacional; impacto na bomba para o consumidor pode ser de R$ 0,12.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 2 de junho, uma redução no preço médio de venda da gasolina A para as distribuidoras. O novo valor, que representa uma queda de R$ 0,17 por litro (ou 5,6%), entrará em vigor a partir desta terça-feira, 3 de junho. Com a alteração, o preço médio do litro da gasolina pura comercializada pela estatal para as distribuidoras passará de R$ 3,02 para R$ 2,85.
Esta é a primeira redução no preço da gasolina promovida pela Petrobras desde julho de 2024. A companhia informou que a medida está alinhada com sua estratégia comercial, que busca conciliar a competitividade no mercado interno com as variações do mercado internacional de petróleo e da taxa de câmbio, dentro da política de preços implementada em maio de 2023, que substituiu o antigo sistema de Preço de Paridade de Importação (PPI).
Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comum (tipo C) vendida nos postos de combustíveis, a parcela da estatal no preço final ao consumidor deverá cair para R$ 2,08 por litro. Isso representa um impacto estimado de uma redução de R$ 0,12 por litro na bomba.
É importante ressaltar, no entanto, que o valor efetivamente pago pelo consumidor final nos postos é influenciado por diversos outros fatores, como os custos e margens de lucro das distribuidoras e dos revendedores, o preço do etanol anidro misturado à gasolina, além dos impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e estaduais (ICMS).
Desde dezembro de 2022, a Petrobras já acumula uma redução de R$ 0,22 por litro no preço da gasolina A vendida às distribuidoras, o que representa uma queda nominal de 7,3% no período. Descontada a inflação, a redução real chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5%, segundo cálculos da estatal.
A decisão da Petrobras ocorre em um contexto de recentes flutuações no preço internacional do petróleo e após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidir, no último sábado (31 de maio), por um novo aumento na produção de petróleo a partir de julho. Analistas de mercado também apontavam que o preço da gasolina praticado pela Petrobras estava ligeiramente acima da paridade de importação nos dias que antecederam o anúncio da redução.
