MBL faz live e ataca Zona Franca de Manaus “Coisa de retardado” -

MBL faz live e ataca Zona Franca de Manaus “Coisa de retardado”

O Movimento Brasil Livre (MBL) realizou, nesta quinta-feira, 20 de março de 2025, uma transmissão ao vivo que causou controvérsia ao atacar a Zona Franca de Manaus, modelo econômico baseado em incentivos fiscais na capital do Amazonas. Durante a live, intitulada “Zona Franca de Manaus Precisa Acabar”, membros do grupo, incluindo nomes conhecidos como Ricardo Almeida e Renato Batista, classificaram o projeto como “coisa de retardado” e defenderam sua extinção. A transmissão, exibida no canal oficial do MBL no YouTube, alcançou milhares de espectadores e reacendeu o debate sobre os benefícios e custos do polo industrial para o Brasil.

Os participantes argumentaram que a Zona Franca representa uma distorção logística e econômica, destacando que produtos fabricados em Manaus, como eletrônicos e motocicletas, enfrentam altos custos de transporte até os grandes centros consumidores, como São Paulo. Segundo eles, o modelo beneficia apenas uma pequena parcela da população local, concentrando 80% do faturamento em Manaus, enquanto o interior do Amazonas permanece subdesenvolvido. A fala mais contundente veio quando um dos debatedores sugeriu que São Paulo deveria ser priorizado como “a verdadeira zona franca do Brasil”, por sua infraestrutura e proximidade com o mercado consumidor.

A live também incluiu críticas aos políticos da região, chamados de “representantes do cuscuz com açaí”, em referência pejorativa à influência do Norte e Nordeste no Congresso. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) não se manifestou oficialmente até o momento, mas o tema já mobiliza lideranças locais. A transmissão ocorre em um contexto de discussões sobre a reforma tributária, que mantém os incentivos à Zona Franca até 2073, mas enfrenta resistência de setores que questionam sua eficiência.

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