Justiça suspende portaria que aumentava carga horária de professores em Feira de Santana

Justiça suspende portaria que aumentava carga horária de professores em Feira de Santana

Decisão atende pedido da APLB e determina limites para aulas presenciais

A Justiça suspendeu, na segunda-feira, 5 de maio de 2025, uma portaria da Prefeitura de Feira de Santana que aumentava o tempo de trabalho dos professores da rede municipal em sala de aula. A decisão, assinada pelo juiz Nunisvaldo dos Santos, da 2ª Vara da Fazenda Pública, atendeu a um pedido do sindicato APLB, que representa a categoria. A medida vale até o julgamento final do caso.

A Portaria nº 07/2025, publicada no dia 12 de abril, determinava que professores passassem mais horas dando aulas, reduzindo o tempo para atividades como planejar aulas ou corrigir provas. Para quem trabalha 20 horas por semana, o tempo em sala subiria de 13 para 15 horas. Para os de 40 horas, passaria de 26 para 30 horas. O sindicato argumentou que a mudança desrespeitava leis federais e municipais, que garantem pelo menos um terço da jornada para tarefas fora da classe.

Após a portaria, os professores realizaram protestos e paralisações. No dia 25 de abril, decidiram entrar em estado de greve, uma alerta para possíveis paralisações maiores. A prefeitura chegou a pedir à Justiça que 70% dos professores voltassem às aulas, alegando prejuízo aos alunos, mas a decisão atual favorece o sindicato.

O juiz determinou que a prefeitura respeite o limite de 13 horas e 20 minutos de aulas semanais para professores de 20 horas e 26 horas e 40 minutos para os de 40 horas. A Secretaria de Educação informou que vai cumprir a decisão, mas não detalhou próximos passos. A APLB marcou uma assembleia para o dia 6 de maio, às 9h, na sede do sindicato, para discutir o futuro do movimento.

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