Em uma operação inédita, as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram um ataque aéreo na tarde de terça-feira (9) em Doha, capital do Catar, visando líderes do Hamas que estavam reunidos para discutir uma proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. A operação, denominada “Pisgat HaEsh”, resultou na morte de seis pessoas, incluindo Himam al-Hayya, filho de Khalil al-Hayya, líder do Hamas em Gaza, e um oficial de segurança catariano.

Apesar das baixas, a liderança principal do Hamas sobreviveu ao ataque. O governo israelense justificou a ação como uma resposta ao atentado em Jerusalém Oriental ocorrido no dia anterior, no qual seis israelenses foram mortos.
O Catar condenou o ataque como uma violação de sua soberania e do direito internacional, chamando-o de “terrorismo de Estado”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também criticou a ação, destacando o papel construtivo do Catar nas negociações de paz.
O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou desaprovação em relação ao ataque, afirmando que ele não avança os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos. O incidente gerou tensões adicionais na região e complicou os esforços para um acordo de paz duradouro.