Google é a mais nova gigante dos EUA a abandonar políticas DEI -

Google é a mais nova gigante dos EUA a abandonar políticas DEI

Em um movimento que tem gerado polêmica e discussões em todo o país, o Google anunciou recentemente que está abandonando suas metas de contratação voltadas para a diversidade, equidade e inclusão (DEI). Esta decisão faz do Google a mais recente empresa de tecnologia americana a dar um passo atrás em relação a políticas que visavam aumentar a representatividade de grupos historicamente sub-representados em seus quadros de funcionários.

Segundo relatórios de diversas fontes como a BBC News, The New York Times e The Washington Post, o Google informou seus funcionários sobre a decisão em um e-mail interno, destacando que a empresa revisaria outros programas de DEI à luz de recentes decisões judiciais e ordens executivas do presidente Donald Trump. Este último, com seu segundo mandato iniciado em janeiro de 2025, tem sido vocal em sua oposição a tais políticas, assinando ordens executivas que visam eliminar o que ele descreve como “discriminação ilegal e imoral” em programas DEI.

 

Google é a mais nova gigante dos EUA a abandonar políticas DEI

 

A decisão do Google de eliminar metas específicas de contratação para minorias e revisar iniciativas de diversidade e inclusão foi explicada como uma necessidade de cumprir com a nova legislação e ordens governamentais. Esta mudança ocorreu pouco tempo depois de outras grandes empresas como Meta (antigo Facebook), Amazon, Pepsi, McDonald’s e Walmart terem também recuado de seus compromissos anteriores com políticas semelhantes.

Os críticos desta mudança argumentam que ela pode ter um impacto negativo de longo prazo na diversidade dentro da indústria tecnológica, um setor já conhecido por sua falta de diversidade. Especialistas em recursos humanos e defensoras da equidade no ambiente de trabalho expressaram preocupação sobre como a retirada de metas de contratação pode levar a uma diminuição na representatividade de mulheres, pessoas negras, latinas e outras minorias em posições de liderança e técnicos.

Por outro lado, alguns apoiadores da decisão do Google e de políticas similares de outras empresas argumentam que a contratação deve ser baseada exclusivamente no mérito, e que metas de diversidade poderiam ser vistas como discriminatórias contra outros grupos. A administração Trump tem reforçado esta visão, com o presidente alegando que tais políticas são “ilegais e imorais”.

A reação nas redes sociais foi imediata, com usuários do X (antigo Twitter) expressando uma gama de opiniões sobre a decisão do Google. Alguns posts destacaram a importância de políticas DEI para a inclusão, enquanto outros celebraram o fim do que consideram ser “discriminação positiva”.

O Google, por sua vez, tem afirmado que continuará a investir em comunidades diversas e a abrir escritórios em locais com uma força de trabalho variada, mas sem as “metas aspiracionais” de antes. O futuro da diversidade dentro da empresa e no setor de tecnologia em geral continua incerto, com muitos observando como esta tendência de abandono das políticas DEI poderá moldar a cultura organizacional e a inovação nas próximas décadas.

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