Funcionários da Atento em Feira de Santana denunciam assédio moral e ameaças de supervisores -

Funcionários da Atento em Feira de Santana denunciam assédio moral e ameaças de supervisores

A equipe do Ninja FSA teve acesso exclusivo a uma série de relatos preocupantes vindos de funcionários da unidade da Atento em Feira de Santana. As denúncias apontam o supervisor Lucas Mateus como figura central de um ambiente de trabalho tóxico, marcado por assédio moral, ameaças e pressão psicológica constante.

Funcionários da Atento em Feira de Santana denunciam assédio moral e ameaças de supervisores

Prints de mensagens internas, compartilhadas entre colaboradores, revelam o nível de insatisfação com a conduta do supervisor. Uma funcionária chega a relatar que “não aguenta mais trabalhar com esse supervisor”, mencionando “abuso psicológico e arrogância”, e clamando por transferência. Outro colaborador afirma que “o problema aqui é o Lucas”, e que, apesar dos esforços da equipe, a falta de respeito e empatia do superior está levando colegas ao desgaste emocional extremo.

Entre os relatos mais alarmantes, uma funcionária narra episódios de gritos, pressões desmedidas por metas e comentários vexatórios, dizendo se sentir diariamente humilhada. “A gente trabalha no limite da sanidade. Muitos aqui choram depois do expediente, outros se automedicam pra conseguir dormir. E ninguém faz nada”, desabafa.

A Atento, empresa responsável pelo call center, até o momento, não respondeu aos questionamentos da nossa reportagem. Também buscamos contato com o supervisor Lucas Mateus para obter sua versão dos fatos, mas não obtivemos retorno.

Diante do silêncio da empresa, o Ninja FSA procurou a gerente da VIVO, em São Paulo — operadora que figura entre os principais produtos geridos pela Atento — na tentativa de obter um posicionamento sobre as práticas denunciadas dentro da central de atendimento. Assim como a Atento, a VIVO também se manteve em silêncio.

A omissão institucional se estende à esfera trabalhista. Apesar da gravidade dos relatos, a Justiça do Trabalho local não se manifestou ou tomou qualquer medida preventiva até o momento. O Sindicato dos Trabalhadores de Telemarketing (SINTTEL), que deveria ser a linha de frente na defesa desses profissionais, também é alvo de críticas. “O sindicato é omisso, não fiscaliza, não aparece. A gente está largado”, diz uma das mensagens obtidas.

A combinação de negligência corporativa, silêncio institucional e abandono sindical gera um cenário de vulnerabilidade para os trabalhadores da Atento. Muitos temem represálias por se manifestarem, mas seguem na luta por um ambiente de trabalho digno e respeitoso.

O Ninja FSA continuará acompanhando o caso de perto e mantém o espaço aberto para manifestações da Atento, da VIVO, do supervisor citado, bem como da Justiça do Trabalho e do SINTTEL.

RELATOS DAS TRABALHADORAS DA ATENTO

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