Em um julgamento que durou 18 horas, os ex-policiais militares Adriano Nascimento Silva e Sérgio Ricardo Sobral Ramos foram absolvidos pela morte do subtenente da Polícia Militar, Juceny Rodrigues da Fonseca Ottoni, ocorrida em março de 2019. O júri popular, realizado no Fórum Desembargador Filinto Bastos em Feira de Santana, Bahia, absolveu os réus por quatro votos a três.
O crime aconteceu durante uma operação policial em um conjunto habitacional na periferia da cidade. Segundo a versão dos acusados, o subtenente Ottoni teria reagido à abordagem atirando contra eles, o que os obrigou a reagir. Já a família da vítima contesta essa versão e alega que Ottoni foi executado pelos policiais.
Durante o julgamento, os jurados ouviram depoimentos de diversas testemunhas, incluindo peritos, familiares da vítima e dos réus, e os próprios acusados. A promotoria defendeu a tese de homicídio doloso, enquanto a defesa argumentou legítima defesa.
Ao proferir a sentença, a juíza Sílvia Soares de Santana ressaltou que a decisão do júri popular deve ser respeitada. “O júri é soberano”, afirmou. “Cabe à Justiça acatar a sua decisão, mesmo que discorde dela.”
A família do subtenente Ottoni se mostrou inconformada com o resultado do julgamento e anunciou que recorrerá da decisão. “Vamos lutar até o fim por justiça”, disse a viúva da vítima. “Meu marido não era bandido. Ele foi covardemente assassinado.”
O caso gerou grande comoção na cidade de Feira de Santana e reacendeu o debate sobre a violência policial no Brasil.
Pontos importantes do caso:
- Acusados: Adriano Nascimento Silva e Sérgio Ricardo Sobral Ramos
- Vítima: Subtenente Juceny Rodrigues da Fonseca Ottoni
- Data do crime: Março de 2019
- Local do crime: Conjunto habitacional em Feira de Santana, Bahia
- Duração do julgamento: 18 horas
- Resultado do julgamento: Absolvição dos réus por quatro votos a três
- Motivação do crime: Segundo a versão dos acusados, legítima defesa. Já a família da vítima alega execução.
- Repercussão do caso: O caso gerou grande comoção na cidade de Feira de Santana e reacendeu o debate sobre a violência policial no Brasil.