Contas públicas registram superávit histórico de R$ 104 bilhões em janeiro -

Contas públicas registram superávit histórico de R$ 104 bilhões em janeiro

As contas públicas do setor público consolidado — que incluem governo federal, estados, municípios e empresas estatais — fecharam janeiro de 2025 com um superávit primário recorde de R$ 104,1 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (14). O valor, o maior já registrado para o mês em termos nominais desde o início da série histórica em 2002, supera os R$ 101,8 bilhões de janeiro de 2022 e reflete um aumento real de 2,2% em relação ao superávit de R$ 99 bilhões de janeiro de 2024, ajustado pela inflação.

Contas públicas registram superávit histórico de R$ 104 bilhões em janeiro

O resultado foi impulsionado por uma receita líquida de R$ 257,8 bilhões, alta de 3,7% em termos reais frente aos R$ 237,9 bilhões do mesmo período do ano anterior, enquanto as despesas totais somaram R$ 172,9 bilhões, com incremento real de 4,4% sobre os R$ 158,4 bilhões de 2024. O governo federal contribuiu com um superávit de R$ 84,9 bilhões, conforme o Tesouro Nacional, enquanto estados e municípios adicionaram R$ 21,9 bilhões positivos. As estatais, por outro lado, registraram déficit de R$ 1 bilhão.

A secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, destacou que o desempenho reflete um esforço fiscal contínuo, embora o déficit primário acumulado em 12 meses até janeiro ainda seja de R$ 95,7 bilhões. O superávit de janeiro superou a mediana das expectativas do mercado, fixada em R$ 83,4 bilhões pela pesquisa Prisma Fiscal, e foi favorecido pela sazonalidade positiva do início do ano, com forte arrecadação de impostos como a Cofins e o Imposto de Renda.

Com o resultado, a dívida bruta do setor público caiu de 76,1% do PIB em dezembro de 2024 para 75,3% em janeiro de 2025, equivalente a R$ 8,4 trilhões, enquanto a dívida líquida recuou de 61,2% para 60,8% do PIB, totalizando R$ 6,7 trilhões. Apesar do avanço, o déficit nominal em 12 meses segue em R$ 956,5 bilhões (8,05% do PIB), pressionado por juros de R$ 910 bilhões no período.

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