O Brasil registrou uma redução de 5% no número de mortes violentas em 2024, segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), revelados nesta sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025. Esta é uma das menores taxas de homicídios dos últimos anos, refletindo uma tendência de diminuição que começou a se consolidar em 2021.
Nos números absolutos, foram contabilizadas 38.722 mortes violentas intencionais ao longo do ano de 2024, o que representa uma média de 106 mortes por dia. A queda, embora pequena em termos percentuais, é significativa quando se leva em consideração o histórico de violência do país. Entre os tipos de crimes que compõem esse total, estão 35.642 homicídios dolosos, 1.438 feminicídios, 924 latrocínios e 718 lesões corporais seguidas de morte.
A Bahia foi o estado com o maior número de assassinatos, embora tenha registrado uma redução em relação a 2023. Em contrapartida, Maranhão, Ceará, Minas Gerais, Paraíba e Santa Catarina foram as únicas unidades federativas a apresentar um aumento nos casos de morte violenta em comparação com o ano anterior.
Um ponto de destaque é a redução de 4,2% nas mortes decorrentes de intervenções policiais, que somaram 6.121 ocorrências. Este dado reflete uma tendência de queda iniciada em 2021, após um período de aumento anual entre 2015 e 2020. O Ministério da Justiça e Segurança Pública tem enfatizado a importância de políticas de segurança baseadas em inteligência e prevenção, o que pode estar contribuindo para esses resultados.
O índice de homicídios por 100 mil habitantes também caiu, passando de 19,26 em 2023 para 18,21 em 2024, o que demonstra uma melhoria na segurança pública em termos relativos. Ainda assim, o Brasil continua enfrentando desafios significativos na área de segurança, com estados como Rio de Janeiro e São Paulo ainda registrando números expressivos de assassinatos.
A diminuição no número de assassinatos foi comemorada por especialistas em segurança pública, mas há um consenso de que muito ainda precisa ser feito para consolidar essa tendência de queda. Avanços em políticas de prevenção ao crime, melhorias na investigação e resolução de casos, além do fortalecimento das instituições de segurança, são apontados como fatores fundamentais para continuar reduzindo a violência.