O Brasil registrou, em 2024, sua pior pontuação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) desde o início da série histórica em 2012. Com uma nota de 34 em uma escala de 0 a 100, o país caiu da 104ª para a 107ª posição entre 180 nações avaliadas.
O IPC é elaborado pela Transparência Internacional e reflete a percepção de especialistas e empresários sobre a corrupção no setor público. Pontuações mais altas indicam menor percepção de corrupção. Em 2012 e 2014, o Brasil alcançou 43 pontos, mas desde então vem apresentando declínios consecutivos: 38 pontos em 2022, 36 em 2023 e 34 em 2024.
O relatório destaca fatores que contribuíram para essa queda, incluindo o “silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção”, a manutenção de ministros indiciados por corrupção e a reaproximação com empresários envolvidos em escândalos anteriores. Além disso, aponta a “institucionalização da corrupção em larga escala” por meio do aumento descontrolado das emendas parlamentares e a aprovação da PEC da Anistia.
No cenário global, os países com as melhores classificações no IPC de 2024 foram Dinamarca (90 pontos), Finlândia (88) e Singapura (84). Na América Latina, Uruguai, Chile e Costa Rica lideram o ranking, enquanto o Brasil se aproxima de nações como Argélia, Nepal e Malauí.
A Transparência Internacional alerta que a persistência da corrupção no Brasil não apenas afeta a confiança nas instituições, mas também compromete o desenvolvimento econômico e social do país. A organização enfatiza a necessidade de medidas efetivas para reverter esse cenário e fortalecer a integridade no setor público.
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