Pelo menos 19 pessoas morreram na Faixa de Gaza entre a noite de sábado, 22 de março, e a manhã deste domingo, 23 de março de 2025, em decorrência de ataques aéreos conduzidos por forças israelenses. Entre as vítimas está Salah Bardawil, identificado como um líder político sênior do Hamas, grupo palestino que controla o território. Os bombardeios, que atingiram diferentes áreas da região, foram confirmados tanto por autoridades locais quanto por fontes militares de Israel, intensificando o clima de tensão na faixa costeira situada entre Israel e o Egito.

O ataque que resultou na morte de Bardawil ocorreu em Khan Younis, no sul de Gaza, segundo informações do Hamas. O grupo afirmou que o líder, integrante do bureau político da organização, foi alvo de um strike preciso enquanto estava em uma residência. Já o Exército israelense declarou que a operação visava eliminar figuras estratégicas do Hamas, justificando a ação como parte de esforços para neutralizar ameaças à segurança do país. Além de Bardawil, outras 18 pessoas, incluindo civis, perderam a vida em bombardeios ao longo da noite, conforme relato do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
A onda de ataques começou após o colapso de um cessar-fogo de dois meses, que havia sido estabelecido em janeiro deste ano entre Israel e o Hamas, com mediação do Qatar e dos Estados Unidos. Testemunhas em Gaza descreveram explosões em diversas áreas, do norte ao sul do enclave, enquanto aviões israelenses sobrevoavam o território. Em Rafah, uma cidade ao sul, ordens de evacuação foram emitidas pelas forças de Israel, deslocando dezenas de famílias que buscavam abrigo em tendas e escolas.
A escalada ocorre em meio a negociações fragilizadas para um novo acordo de paz. O Hamas acusou Israel de violar termos do cessar-fogo anterior, enquanto o governo israelense afirmou que o grupo segue representando uma ameaça ativa. Até o momento, não há informações oficiais sobre o total de feridos nos ataques mais recentes.