Laysa Peixoto, que foi centro de um debate sobre seu suposto treinamento na NASA, afirma ter detectado um novo corpo celeste através de um programa de ciência cidadã parceiro da agência espacial americana.
A jovem mineira Laysa Peixoto, que ficou nacionalmente conhecida em meio a uma polêmica sobre o uso do título de “astronauta”, anunciou em suas redes sociais uma nova conquista científica: a descoberta de um asteroide. Segundo ela, a detecção foi realizada através de sua participação em um programa internacional de “caça a asteroides”.
A descoberta teria sido feita no âmbito do IASC (International Astronomical Search Collaboration), um renomado programa de ciência cidadã que opera em parceria com instituições como a NASA e a Universidade do Havaí. O IASC distribui pacotes de imagens capturadas por telescópios para que voluntários, estudantes e cientistas amadores em todo o mundo possam analisá-las em busca de novos corpos celestes.
De acordo com a metodologia do programa, o achado de Laysa é classificado como uma descoberta preliminar. O asteroide receberá uma designação provisória do Minor Planet Center (MPC), órgão da União Astronômica Internacional responsável por catalogar esses objetos. Para que a descoberta seja oficialmente confirmada, no entanto, são necessários anos de acompanhamento e novas observações por telescópios profissionais para determinar com precisão a órbita do asteroide e garantir que ele não se trata de um objeto já conhecido.
Contexto da Polêmica Anterior
O anúncio da descoberta ocorre meses após Laysa Peixoto ter se tornado o centro de um intenso debate público. Na ocasião, ela foi apresentada em diversas reportagens e por figuras públicas como “a primeira astronauta do Brasil” ou como alguém que estava “em treinamento na NASA”. Posteriormente, foi esclarecido que sua experiência nos Estados Unidos consistiu na participação em um curso de curta duração em um centro privado que simula atividades espaciais, e não no programa oficial de formação de astronautas da agência espacial americana. A controvérsia gerou uma ampla discussão sobre a precisão de títulos e qualificações na divulgação científica.
Com a notícia sobre a detecção do asteroide, a jovem volta ao noticiário com um feito ligado diretamente à prática científica, ainda que em um estágio inicial de validação.
