A fúria no Oriente Médio com proposta de Trump sobre Gaza: 'Viveremos e morreremos em nossa terra' -

A fúria no Oriente Médio com proposta de Trump sobre Gaza: ‘Viveremos e morreremos em nossa terra’

A proposta do presidente Donald Trump de que os Estados Unidos assumissem o controle da Faixa de Gaza e realocassem os palestinos para outros países gerou uma onda de indignação no Oriente Médio. Após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump sugeriu que Gaza poderia se transformar em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio” sob administração americana, mas com a condição de que os residentes palestinos fossem deslocados.
A fúria no Oriente Médio com proposta de Trump sobre Gaza: ‘Viveremos e morreremos em nossa terra’
Este plano foi recebido com fúria e rejeição por palestinos, governos e organizações internacionais. No centro dos protestos, a frase “Viveremos e morreremos em nossa terra” se tornou um mantra, refletindo a determinação dos palestinos de permanecer em Gaza, apesar da devastação causada por 15 meses de guerra.
Líderes palestinos e grupos como o Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) reagiram veementemente. “Nós aguentamos um ano e meio de guerra. Quando [os militares israelenses] finalmente se retirarem daqui, queremos remover os escombros e viver nesta terra”, afirmou uma mulher palestina à BBC Árabe. A proposta de Trump foi considerada uma tentativa de “limpeza étnica” por muitos, evocando memórias dolorosas do deslocamento de 1948, conhecido pelos palestinos como “Nakba” ou “catástrofe”.
A reação internacional não foi menos contundente. Países árabes, incluindo a Jordânia e o Egito, rejeitaram a ideia de receber palestinos de Gaza, ressaltando que a solução para o conflito deve incluir a criação de um Estado palestino independente. Nações como a França e o Reino Unido criticaram a proposta como uma violação do direito internacional, enquanto o Brasil e a ONU expressaram preocupações sobre o impacto humanitário e político da sugestão.
Posts no X (antigo Twitter) capturaram o sentimento de revolta, com muitos usuários chamando a proposta de “racista” e “desumana”. A ideia de deslocar forçadamente os palestinos foi amplamente condenada como um ataque às aspirações nacionais do povo palestino e uma ameaça à estabilidade regional.
A proposta de Trump não só desafiou o consenso internacional sobre a necessidade de uma solução de dois Estados, mas também reacendeu debates sobre soberania, direitos humanos e o papel dos EUA no processo de paz no Oriente Médio. A resistência palestina a qualquer forma de deslocamento forçado sublinha um compromisso profundo com sua terra, com muitos afirmando que preferem enfrentar as adversidades em Gaza a serem expatriados.
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