O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) iniciou uma investigação sobre o descarte irregular de centenas de arraias encontradas mortas na Marina do Bonfim, em Salvador, na manhã desta quarta-feira (5 de fevereiro de 2025). As arraias, encontradas sem cabeça e rabo, indicam que foram tratadas para fins comerciais antes de serem descartadas, levantando suspeitas de que comerciantes locais podem estar envolvidos no incidente.

O mau cheiro gerado pela decomposição dos animais foi o que chamou a atenção dos moradores da região, que rapidamente notificaram as autoridades. Segundo relatos, não é a primeira vez que descartes ilegais ocorrem na área, destacando um problema recorrente de poluição ambiental e falta de fiscalização.
O Inema, em conjunto com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), está trabalhando para identificar os responsáveis pelo descarte ilegal. A investigação inclui a análise de imagens de câmeras de segurança que podem ajudar a rastrear o veículo usado no descarte durante a madrugada.
Este caso é tratado como um possível crime ambiental, uma vez que o descarte de resíduos, especialmente de animais em decomposição, em áreas de preservação ou de uso público, é proibido e pode resultar em sanções. A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) já foi acionada para a remoção das arraias e a limpeza da área afetada.
A situação das arraias descartadas na Marina do Bonfim não só levanta preocupações sobre a saúde pública e a preservação do meio ambiente mas também questiona a eficácia das políticas de fiscalização e controle de atividades comerciais que impactam diretamente o ecossistema marinho. Posts no X (antigo Twitter) mostram indignação e chamados por ações mais rigorosas para prevenir futuros incidentes.