O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma nova medida do governo que visa reduzir a quantidade de alimentos processados e ultra processados nas escolas públicas. A iniciativa, anunciada em 2 de abril de 2025, pretende limitar de 20% para 15% a participação desses alimentos no cardápio escolar, com a intenção de promover uma alimentação mais saudável entre os estudantes, evitando o aumento da obesidade infantil, pejorativamente referida pelo presidente como evitar o “aluno gordão”.
Durante um evento em Brasília, Lula argumentou que a medida é parte de um esforço mais amplo para melhorar a qualidade da alimentação escolar, destacando a importância de uma alimentação saudável para o desenvolvimento físico e cognitivo dos alunos. Ele também fez referências à agricultura familiar, ressaltando que esta medida incentivará a compra de alimentos de pequenos produtores, assentamentos de reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas.
O presidente afirmou que a redução do limite de alimentos processados ajudará a prevenir problemas de saúde associados a uma dieta rica em açúcares, gorduras e conservantes, frequentemente encontrados em produtos industrializados. Lula criticou indiretamente gestões anteriores, afirmando que construir políticas públicas leva décadas, mas pode ser destruído rapidamente por maus governantes, e que a nova resolução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) visa reverter esses danos.
A medida recebeu apoio de especialistas em nutrição e educação, mas também gerou debate. Críticos argumentam que a abordagem linguística de Lula poderia ser mais sensível, evitando a estigmatização dos estudantes com sobrepeso. Posts no X mostram uma diversidade de opiniões, com alguns elogiando a iniciativa como um passo positivo para a saúde pública, enquanto outros questionam a terminologia utilizada e a efetividade prática da redução percentual sem um plano de educação alimentar robusto.
