Deportações com algemas é feita desde o governo Biden. O uso de algemas durante deportações de brasileiros dos Estados Unidos não é uma prática que começou com o governo Trump, mas sim uma continuidade de políticas adotadas desde o governo Biden. Entre janeiro de 2023 e janeiro de 2025, o governo de Joe Biden enviou 32 voos com 3.660 brasileiros deportados dos EUA, todos chegando ao Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, utilizando o procedimento de algemas durante os voos como padrão de segurança.
Este procedimento tem sido objeto de críticas por parte do governo brasileiro e organizações de direitos humanos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conhecido como Itamaraty, tem reiterado que o uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos do acordo de 2018 entre os dois países, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados. O Itamaraty chegou a solicitar o fim do uso de algemas como condição para aumentar a frequência dos voos de repatriação, mas o pedido não foi atendido durante a gestão Biden.
A situação ganhou destaque novamente quando, em janeiro de 2025, um voo de deportação chegou ao Brasil com brasileiros algemados, causando um mal-estar diplomático. Apesar de ser o primeiro voo no mandato de Trump, a ação foi organizada durante a gestão Biden, evidenciando que o uso de algemas em voos de deportação é uma prática estabelecida.
Nas redes sociais, houve uma guerra de narrativas entre governistas e a oposição, com alguns destacando a continuidade da política de Biden e outros criticando o tratamento dado aos brasileiros. No entanto, registros mostram que o governo Biden deportou mais brasileiros do que o primeiro mandato de Trump e que o uso de algemas era comum em ambas as administrações.
