O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o Brasil, alegando que o país é um “tremendo criador de tarifas” e prometeu tomar medidas retaliatórias. Durante uma coletiva de imprensa, Trump declarou que países como Brasil, China e Índia estão entre aqueles que impõem tarifas elevadas e que isso não pode continuar sem resposta. Ele afirmou que os EUA irão taxar produtos importados desses países para proteger a indústria americana.
Trump destacou que a necessidade de aplicar tarifas é uma forma de “sempre colocar a América em primeiro lugar”. Ele mencionou que a imposição de novas tarifas não causaria inflação, uma vez que durante seu primeiro mandato, aumentou várias tarifas sem esse efeito. Ele também ressaltou que o objetivo é fazer com que “o dinheiro entre em nossos cofres”, visando enriquecer os EUA.
Essas declarações repercutiram no Brasil, onde analistas econômicos e representantes do governo expressaram preocupação com o impacto que novas tarifas poderiam ter sobre as exportações brasileiras, especialmente no setor agroindustrial e siderúrgico. O Brasil, que já enfrenta desafios econômicos internos, poderia ver uma desaceleração significativa no comércio com os EUA, seu segundo maior parceiro comercial.
A ameaça de Trump ocorre em um contexto onde a política externa americana tem se voltado para um protecionismo mais acentuado. Especialistas apontam que, embora a retórica de Trump seja conhecida, a implementação de tarifas poderia ter efeitos adversos tanto na economia brasileira quanto na americana, dado o intercâmbio comercial entre os dois países.