Em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou falhas significativas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), especialmente relacionadas a descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas. A auditoria revelou que o INSS permitia descontos com base apenas em listas mensais de segurados fornecidas à Dataprev, sem a devida verificação documental exigida pelas normas internas. Essa prática resultou em descontos não autorizados por parte dos beneficiários, comprometendo a integridade dos pagamentos.

Além disso, a fiscalização analisou R$ 91 bilhões em descontos de empréstimos consignados e mensalidades associativas, constatando que nem todos os valores foram aprovados pelos titulares. Em quase 36% dos casos examinados, a documentação necessária não estava de acordo com o exigido, indicando falhas nos procedimentos de autorização.
Em resposta, o TCU recomendou que novos descontos só fossem realizados mediante assinatura eletrônica avançada e biometria, ou com a confirmação da existência dos documentos exigidos. Determinou também o bloqueio automático para todos os novos descontos e a implementação de medidas administrativas para identificar e responsabilizar entidades associativas e sindicais suspeitas de fraudes nas autorizações de descontos.
Essas descobertas do TCU precederam operações da Polícia Federal que investigam esquemas de fraudes no INSS, destacando a importância das auditorias para a identificação de irregularidades e a proteção dos direitos dos beneficiários.