A Polícia Rodoviária Federal abriu uma Investigação Preliminar Sumária (IPS) contra o agente Anderson Sanshiro Caetano Okasaki, de 41 anos, após a divulgação de um vídeo em que ele aparece uniformizado comentando o acidente fatal que vitimou três colegas durante uma perseguição na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, na sexta‑feira (18).

No desabafo, Okasaki, trajando a farda da corporação, questiona se “vale a pena” arriscar a vida por uma sociedade que, segundo ele, “não valoriza o trabalho da polícia” e chega a afirmar que são chamados de “inimigos do trabalhador”. O vídeo, publicado em perfil pessoal, viralizou rapidamente e motivou a Corregedoria‑Geral da PRF a apurar se houve infração das normas internas que proíbem manifestações particulares em serviço, podendo resultar em Processo Administrativo Disciplinar caso seja confirmada conduta irregular .
O acidente – que envolveu uma colisão entre uma viatura da PRF e um carro de passeio em alta velocidade – projetou os agentes para fora do veículo, causando as mortes de Diego Abreu de Figueiredo (47 anos), Carlos Eduardo Mariath Macedo (41) e Rodrigo Pizetta Fraga (47) .
Segundo nota oficial da PRF, “discursos individuais não autorizados não representam o posicionamento da instituição” e o uso do uniforme para manifestação pessoal fere o regulamento interno da corporação citeturn0search4. Até o momento, Okasaki deletou o vídeo de seu perfil e a investigação segue em curso para avaliar eventuais consequências disciplinares.