O ex-jogador brasileiro Daniel Alves foi absolvido nesta sexta-feira, 28 de março de 2025, da acusação de estupro pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, em Barcelona. A decisão, tomada por unanimidade, reverteu a sentença de fevereiro de 2024, que o havia condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por agredir sexualmente uma jovem de 23 anos em uma boate na cidade espanhola, em 30 de dezembro de 2022. Alves, que estava em liberdade provisória desde março de 2024 após pagar fiança de 1 milhão de euros, agora está livre de qualquer restrição judicial relacionada ao caso.
A absolvição veio após a corte identificar falhas na fundamentação da condenação inicial. Os juízes apontaram que o depoimento da vítima apresentava inconsistências em relação a evidências verificáveis, como imagens das câmeras de segurança da boate Sutton, onde o crime teria ocorrido. O tribunal destacou que a narrativa da jovem sobre os eventos anteriores à entrada no banheiro, onde ela alegou ter sido forçada, não se alinhava completamente com os registros visuais. Além disso, a análise de provas como DNA e impressões digitais não foi considerada suficiente para sustentar a acusação de forma objetiva, prevalecendo o princípio da presunção de inocência.
O caso começou quando a jovem denunciou Alves à polícia, afirmando que ele a trancou em um banheiro da área VIP da boate e a violentou. Testemunhas, incluindo seguranças, relataram que ela saiu do local abalada, e exames médicos confirmaram lesões leves e a presença de material genético do jogador. Alves, que inicialmente negou qualquer contato com a vítima, mudou sua versão várias vezes, admitindo por fim uma relação consensual. Apesar disso, a corte não viu nas provas um respaldo sólido para a tese da acusação, o que levou à anulação da sentença.
