PF investiga possível monitoramento de ministros do STF e políticos pela ‘Abin Paralela’ durante governo Bolsonaro -

PF investiga possível monitoramento de ministros do STF e políticos pela ‘Abin Paralela’ durante governo Bolsonaro

 


A Polícia Federal está investigando se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizou o software espião FirstMile para produzir relatórios sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e políticos adversários durante o governo de Jair Bolsonaro.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, entre os possíveis alvos estariam ministros do STF, como Gilmar Mendes, e políticos como o atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que na época era governador do Ceará.

As investigações apontam que essa ação teria sido realizada por uma estrutura paralela dentro da Abin, composta por policiais federais e oficiais de inteligência próximos ao então diretor da agência, Alexandre Ramagem.

Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, é um dos alvos da operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela PF nesta quinta-feira (25), que investiga uma suposta organização criminosa na Abin com o objetivo de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

Essa ação é um desdobramento da operação Última Milha, iniciada em outubro de 2023 para investigar o uso do FirstMile. Na nova fase, o foco principal são policiais que atuavam na Abin, especialmente no Centro de Inteligência Nacional (CIN), estrutura ligada ao gabinete de Ramagem durante o governo Bolsonaro.

Foto Reprodução: Brasil247


Sete policiais federais são alvos da ação e foram afastados dos cargos públicos. Servidores da Abin e policiais federais próximos a Ramagem e à família Bolsonaro foram colocados em cargos de chefia no CIN, o que levou a estrutura a ser chamada de “Abin paralela”.

Além de Ramagem, pelo menos dois agentes da PF que atuavam no CIN são alvos das medidas desta quinta-feira.

Documentos em posse da Polícia Federal indicam que funcionários da Abin lotados no CIN utilizaram o software espião FirstMile durante o governo Bolsonaro, ferramenta que invadia a rede de telefonia nacional.

O Centro de Inteligência Nacional foi criado por decreto de Bolsonaro em julho de 2020, quando Ramagem estava à frente da Abin.




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