As empresas estatais brasileiras fecharam o ano de 2023 com um déficit de R$ 2,269 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central na última quarta-feira (7). Esse é o pior resultado registrado desde 2015. Vale ressaltar que esse valor se refere às estatais federais, excluindo a Petrobras e a Eletrobras.
O déficit das empresas estatais se junta ao déficit do setor público, que atingiu R$ 249 bilhões em 2023, equivalente a 2,29% do PIB. Esse é o pior resultado desde 2020, ano marcado pelos impactos econômicos da pandemia.
Esses resultados negativos evidenciam os desafios para melhorar as contas públicas. A meta para 2024 é alcançar um déficit zero, o que representa um grande desafio para as autoridades econômicas. A melhoria das contas públicas é crucial para restaurar a confiança dos investidores e impulsionar o crescimento econômico.
Além disso, os dados do Banco Central destacaram um grande rombo nas contas públicas em 2023, com aumento de despesas de R$ 168 bilhões devido à aprovação da PEC da transição, pagamento de mais de R$ 20 bilhões em compensação aos estados por perdas com ICMS, e pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios deixados em aberto pelo governo anterior. O resgate de R$ 26 bilhões em recursos esquecidos do abono salarial PIS/Pasep não foi considerado no cálculo pelo Banco Central.
Esses dados indicam um cenário desafiador para o Brasil no âmbito econômico, exigindo medidas robustas para reverter o quadro e garantir a estabilidade financeira.