A Prefeitura de Feira de Santana mantém oito residências terapêuticas destinadas ao acolhimento de pessoas com transtornos mentais que estão aptas à reinserção social. Vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde, essas casas oferecem um ambiente acolhedor e autonomia para os moradores, proporcionando-lhes dignidade e qualidade de vida.
Equipadas com todos os itens essenciais de um lar, como sofá, geladeira, fogão, armários e utensílios de cozinha, as residências contam com cuidadores contratados pela Prefeitura que trabalham em escalas diurnas e noturnas. Além disso, os moradores recebem acompanhamento contínuo de equipes multiprofissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Segundo o coordenador da Rede de Saúde Mental, Joadson Andrade, essas casas são destinadas a pessoas com transtornos mentais severos ou moderados que passaram longos períodos internados em hospitais psiquiátricos e agora estão aptas a viver em sociedade, conforme previsto na Lei 10.216, que trata da reforma psiquiátrica.
Atualmente, as oito residências terapêuticas abrigam um total de 50 pessoas, com uma média de 5 a 7 moradores por casa – sendo que uma delas acomoda 9. Os imóveis estão distribuídos principalmente nos bairros Brasília e Santa Mônica, além de unidades localizadas nos bairros Capuchinhos e Serraria Brasil.
Os moradores, apesar de não possuírem vínculos familiares sanguíneos, vivem como uma verdadeira família, dividindo o cotidiano há mais de 20 anos. Eles têm liberdade de ir e vir, participando de atividades diárias como fazer compras no mercado ou padaria, sempre acompanhados de um cuidador.
A inclusão nas residências terapêuticas ocorre por meio do programa de desinstitucionalização, com avaliações feitas em conjunto pelos profissionais do hospital psiquiátrico e do CAPS. A faixa etária dos moradores varia entre 34 e 78 anos.
Para o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, que recentemente visitou as residências, o compromisso da administração é garantir acolhimento digno e assistência humanizada à população. “É preciso ter um olhar sensível para os mais vulneráveis. Estamos trabalhando para assegurar que cada cidadão tenha o suporte necessário para viver com dignidade”, destacou.