Na última quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou seu apoio à exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas, uma área de grande potencial petrolífero localizada na Margem Equatorial do Brasil. Durante uma entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, Lula criticou a demora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em autorizar estudos de viabilidade técnica e econômica na área pela Petrobras, chamando a situação de “lenga-lenga”. Ele enfatizou a necessidade de pesquisa para entender o potencial petrolífero da região, afirmando que a exploração, se viável, poderia financiar a transição energética do país.
Lula argumentou que a Petrobras possui expertise em segurança ambiental e que a exploração responsável poderia ser realizada sem causar danos significativos ao meio ambiente. Ele também mencionou a importância de não deixar a riqueza potencial da região inexplorada, enquanto países vizinhos como Suriname e Guiana avançam na exploração de petróleo em suas águas territoriais.
A posição de Lula gerou reações mistas. De um lado, há apoio de políticos locais e setores da economia que veem na exploração uma oportunidade de desenvolvimento econômico e de geração de empregos. Por outro lado, ambientalistas expressaram preocupação com os possíveis impactos ao ecossistema da Amazônia, que é conhecido por sua biodiversidade e importância global na regulação climática.
O governo de Lula está em negociações com o Ibama para acelerar a liberação dos estudos, com uma reunião prevista entre a Casa Civil, o Ibama e a Petrobras para discutir a autorização. A discussão sobre a exploração na Foz do Amazonas é vista como um teste para a política ambiental do governo, especialmente com a proximidade da COP30, que será realizada em Belém, onde o Brasil busca se posicionar como líder na luta contra as mudanças climáticas.
A decisão final sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas ainda depende de um processo de licenciamento ambiental rigoroso, que deve considerar os impactos socioambientais, a viabilidade econômica e a segurança operacional, refletindo o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental que o governo de Lula promete perseguir.